segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Todos conhecem o fim da história

Este ano, muitos pensaram que tudo seria diferente. O time parecia unido rumo ao título, e toda a atmosfera perdedora que vimos nos últimos anos parecia ter dado lugar a um time focado, que não se abalava por nada. Liderados por Oswaldo de Oliveira e Seedorf, seguimos firmes na briga pelo título, apesar da interdição do Engenhão, dos salários atrasados e das saídas de importantes jogadores, como Fellype Gabriel e Vitinho.

Vacilamos em alguns jogos, o que é normal, mas terminamos o primeiro turno quatro pontos atrás do Cruzeiro e pelo menos oito à frente do primeiro fora do G-4. Vencemos quatro jogos seguidos antes da "final" contra o líder, que poderia diminuir a diferença para apenas um ponto. 
O 3x0, como já disse aqui, foi um placar meramente circunstancial, que de forma alguma refletiu o jogo.
Porém, depois desse resultado, creio que tenhamos entrado na tal espiral descendente que já citei em outro post, da qual sabemos o quanto é difícil sair.

É certo que nos últimos três jogos fomos prejudicados por erros de arbitragem. Dois pênaltis inexistentes foram marcados contra nós e um gol impedido foi validado. Porém, no primeiro turno, quando tínhamos cara de time campeão brasileiro, também fomos prejudicados em alguns jogos. 
Não lembra? É porque esses "erros" da arbitragem não fizeram diferença. Vencíamos de qualquer jeito... Diante de um erro, incorporávamos o espírito do "time que se recusa a entrar em crise" e partíamos com tudo pra cima. Mais cedo ou mais tarde, o gol chegava. 

A nossa postura mudou.

Não sei o que aconteceu ou se essa é só mais uma dessas coisas inexplicáveis que acontecem com o Botafogo. Mas, sem dúvida alguma, não somos mais o mesmo time do início do campeonato. Até mesmo Seedorf não está jogando mais nada... Estamos amarelando de novo, como nos outros anos: "o time que se recusa a entrar em crise" se acomodou.
Amarelamos, somos o cavalo paraguaio do momento e, sim, teremos de abaixar a cabeça outra vez e ouvir as piadas dos rivais.
"Ah, mas os molambos estão lá embaixo... Eles não podem nos sacanear, estamos em terceiro".
Eu pergunto: até quanto? Algumas rodadas atrás, estávamos a cinco pontos de distância do terceiro colocado. Hoje, já perdemos a segunda posição. Até quando??

Perder para o Bahia e para a Ponte Preta em casa é inadmissível. 
Porém, mais inadmissível do que isso é perceber que estamos vivendo tudo de novo. A história se repete, mais uma vez, ano após ano: o "time do ano",  favorito ao título, termina o campeonato no G-9.
Como escreveu o Gustavo em seu post, se isso acontecer mais uma vez venderemos todos os jogadores do melhor time que conseguimos montar em muitos anos. Teremos sorte se nos classificarmos para a sul-americana em 2014.

P.S.: Não queria admitir que Vitinho faz tanta falta... Mas a verdade é que, apesar das quatro vitórias seguidas desde que o garoto foi embora, uma análise mais profunda revelará que a história é contada pelos vencedores. Ganhamos do Santos na raça ou sofremos até o fim com a pressão e a possibilidade de levar o empate? E se Garrincha não tivesse descido à Terra para inspirar aquele gol de Hyuri no fim do jogo contra o Corinthians? E a vitória por 3x1 sobre a Portuguesa, revela quantos botafoguenses dormiram no primeiro tempo?

Tudo bem, o título já era. Mas, se ficarmos sem a Libertadores, seremos zoados por décadas. 
Estamos praticamente em crise... Uma crise que não se originou de nenhum dos grandes problemas citados no início do post, mas simplesmente do nada.
Ao elenco atual, cabe agora não repetir a mesma história dos outros anos. 8 derrotas em 9 jogos? Por favor, tenham pena de nós.

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